terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AMOR FRATERNAL

Os membros da Maçonaria unidos pelo Amor fraternal, qualquer que seja o seu grau, dão-se o tratamento de “Irmão.
A origem do cordial tratamento de “Irmão” afirma que esse tratamento foi adotado, e nunca mais olvidado pelos maçons, desde os tempos de Abraão, o velho patriarca bíblico. Reza a história que estando ele e sua mulher Sara no Egito, lá ensinavam as sete ciências liberais (gramática, lógica e dialética, matemática, geometria, astronomia e música), e contou entre seus discípulos com um de nome Euclides. Tão inteligente que não demorou nada em tornar-se mestre nas mesmas ciências, ficando por isso bastante afamado como ilustre personagem.
Então Euclides, a par com suas aulas estabeleceu regras de conduta para os discipulado; em primeiro lugar cada um deveria ser fiel ao Rei e ao país de nascimento; em segundo lugar, cumpria-lhes amarem-se uns aos outros e serem leais e dedicados mutuamente. Para que seus alunos não descuidassem dessas últimas obrigações, ele sugeriu a eles que se dessem, reciprocamente, o tratamento de “Irmãos” ou “Companheiro”.
Aprovando inteiramente esse costume da escola de Euclides, a Maçonaria resolveu sugeri-lo aos seus iniciados, que o receberam com todo agrado, sem nenhuma restrição, passando a ser uma norma obrigatória nos diversos Corpos da Ordem.
O Poema Regius, que data do ano de 1390, aconselha os operários a não se tratarem de outra forma senão de “meu caro irmão”. Por isso o tratamento de Irmão dado por um maçom a outro, significa reconhecimento fraternal, como pertencente à mesma família. Os maçons são Irmãos por terem recebido a mesma iniciação, os mesmos modos de reconhecimento e foram instuídos no mesmo sistema de moralidade. Além da amizade fraternal que deve uni-los, os maçons consideram-se Irmãos por serem, simbolicamente, filhos da mesma mãe, a Mãe-Terra, representada pela deusa egípcia Ísis, viúva de Osíris, o Sol, e a mãe de Hórus. Simbolicamente os maçons são, Irmãos de Hórus e se autodenominam Filhos da Viúva.
Durante a iniciação ao recipiendário, seus novos Irmãos juram protegê-lo sempre que for preciso. A partir daquele momento, todos que a ele se referem o tratam como Irmãos, os filhos de seus novos Irmãos passam a tratá-lo como “Tio” e as esposas de seus Irmãos passam a ser a sua “Cunhada”. Forma-se nesse momento um elo firme entre o novo membro da Ordem e a família maçônica.
A Maçonaria não reconhece qualquer distinção entre raças, crenças, condições financeiras ou sociais entre obreiros. Há séculos vem a Sublime Instituição oferecendo a oportunidade aos homens de se encontrarem e colherem os frutos do prazer de conviver sempre em paz, em união e concórdia, como amigos desinteressados, dentro de um espírito coletivo voltado à prática do bem, guiados por rígidos princípios morais, sem desavenças e dissensões. Aprendem a destruir a ignorância em si mesmo e nos outros; a praticarem um modo de vida que produza um nível elevado em suas relações com seus Irmãos, aos quais dedicam amizade sincera e devotada; se cultiva a Liberdade, a igualdade e a Fraternidade, tem por obrigação, abrir mais seus braços, entrelaçar seus irmãos e oferecer sua convivência fraterna, sua influência, seu trabalho de auxílio, com harmonia, paz, concórdia e fraternização, dentro e fora do templo. São fiéis cumpridores de todo dever que lhes seja legalmente imposto ou reclamado pela felicidade de sua Pátria, de sua família e da Humanidade. Sobre o coração do maçom está o símbolo do amor, da amizade, da razão serena e perseverante.

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