terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A MAÇONARIA E A FRATERNIDADE NA SOCIEDADE


A Fraternidade, sob o aspecto teórico, é um conceito de filosofia profundamente ligado às ideias de liberdade e igualdade. Com estes três elementos, forma-se o tripé que caracteriza um dos mais importantes conceitos em que se baseia a Maçonaria. A ideia de fraternidade mostra que o homem, na vida em sociedade, estabelece, com seus semelhantes, uma relação de igualdade, pois, em essência, não há nada que hierarquicamente os diferencie. São como irmãos, ou seja fraternos.
A fraternidade muitas vezes é confundida com Caridade, embora elas tenham significados radicalmente diferentes. Enquanto a Fraternidade expressa a dignidade de todos os homens, considerados iguais e assegura-lhes plenos direitos ( sociais, políticos e individuais), a ideia de caridade nos mostra exatamente o oposto, a desigualdade entre os homens, na medida em que se faz crer que alguns deles possuem mais direitos e são superiores e portanto são generosos quando os compartilham com os demais.
A Fraternidade, não é independente da Liberdade e da Igualdade, pois para cada uma delas se manifeste, é preciso que as demais também estejam presentes. Elas agem com componentes de uma equação, em que a presença dos três elementos é necessária e obrigatória para que o resultado esperado seja obtido. Tal resultado nada mais é do que a humanidade viver e contemplar a virtude de se ter uma vida em perfeita harmonia e paz. Diante destes conceitos, pergunto: quais as consequências de uma sociedade sem a Fraternidade?
As respostas são claras: as drogas, a violência, a impunidade, a ganância, o poder, a fome, a falta da educação e do conhecimento, em suma o mal.
Com a falta da Fraternidade temos, consequentemente, a falta da igualdade e da liberdade., a humanidade permanecerá à mercê do caos.
Para deter o caos, precisamos de uma Força que seja capaz de neutralizar todos os efeitos daninhos do mal.
E que força é essa?
A resposta é clara: a inteligência, o amor, a vontade de fazer o bem, não como caridade, mas como elemento componente daquela equação, como alavanca que leva o aprendizado e a capacidade de autossustentação e da erradicação das doenças e da fome a todos os povos.
Aí entra a Maçonaria com toda sua universalidade, com sua enorme força, com seus homens imbuídos da vontade de fazer e edificar. A presença de nossa Ordem deve ser constante, em todos os cantos de nossa sociedade. Ela deve atuar conforme seus próprios princípios, de forma ativa e vibrante. Em certo momento do nosso caminho, encontramos a pergunta:
Para que nos reunimos aqui?
E a resposta vem:
Para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a Verdade e a Justiça . Para promover o bem-estar da Pátria e da humanidade, levantando-se Templos à virtude e cavando-se masmorras ao vício.
É com simples, porém rigorosa, execução do que diz essa resposta e com tudo mais que ouvimos e dissemos no dia de nossas iniciações, que a Maçonaria pode, e com certeza vai, desenvolver a Fraternidade na sociedade.

Fonte: revistauniversomaconico.com.br

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AMOR FRATERNAL

Os membros da Maçonaria unidos pelo Amor fraternal, qualquer que seja o seu grau, dão-se o tratamento de “Irmão.
A origem do cordial tratamento de “Irmão” afirma que esse tratamento foi adotado, e nunca mais olvidado pelos maçons, desde os tempos de Abraão, o velho patriarca bíblico. Reza a história que estando ele e sua mulher Sara no Egito, lá ensinavam as sete ciências liberais (gramática, lógica e dialética, matemática, geometria, astronomia e música), e contou entre seus discípulos com um de nome Euclides. Tão inteligente que não demorou nada em tornar-se mestre nas mesmas ciências, ficando por isso bastante afamado como ilustre personagem.
Então Euclides, a par com suas aulas estabeleceu regras de conduta para os discipulado; em primeiro lugar cada um deveria ser fiel ao Rei e ao país de nascimento; em segundo lugar, cumpria-lhes amarem-se uns aos outros e serem leais e dedicados mutuamente. Para que seus alunos não descuidassem dessas últimas obrigações, ele sugeriu a eles que se dessem, reciprocamente, o tratamento de “Irmãos” ou “Companheiro”.
Aprovando inteiramente esse costume da escola de Euclides, a Maçonaria resolveu sugeri-lo aos seus iniciados, que o receberam com todo agrado, sem nenhuma restrição, passando a ser uma norma obrigatória nos diversos Corpos da Ordem.
O Poema Regius, que data do ano de 1390, aconselha os operários a não se tratarem de outra forma senão de “meu caro irmão”. Por isso o tratamento de Irmão dado por um maçom a outro, significa reconhecimento fraternal, como pertencente à mesma família. Os maçons são Irmãos por terem recebido a mesma iniciação, os mesmos modos de reconhecimento e foram instuídos no mesmo sistema de moralidade. Além da amizade fraternal que deve uni-los, os maçons consideram-se Irmãos por serem, simbolicamente, filhos da mesma mãe, a Mãe-Terra, representada pela deusa egípcia Ísis, viúva de Osíris, o Sol, e a mãe de Hórus. Simbolicamente os maçons são, Irmãos de Hórus e se autodenominam Filhos da Viúva.
Durante a iniciação ao recipiendário, seus novos Irmãos juram protegê-lo sempre que for preciso. A partir daquele momento, todos que a ele se referem o tratam como Irmãos, os filhos de seus novos Irmãos passam a tratá-lo como “Tio” e as esposas de seus Irmãos passam a ser a sua “Cunhada”. Forma-se nesse momento um elo firme entre o novo membro da Ordem e a família maçônica.
A Maçonaria não reconhece qualquer distinção entre raças, crenças, condições financeiras ou sociais entre obreiros. Há séculos vem a Sublime Instituição oferecendo a oportunidade aos homens de se encontrarem e colherem os frutos do prazer de conviver sempre em paz, em união e concórdia, como amigos desinteressados, dentro de um espírito coletivo voltado à prática do bem, guiados por rígidos princípios morais, sem desavenças e dissensões. Aprendem a destruir a ignorância em si mesmo e nos outros; a praticarem um modo de vida que produza um nível elevado em suas relações com seus Irmãos, aos quais dedicam amizade sincera e devotada; se cultiva a Liberdade, a igualdade e a Fraternidade, tem por obrigação, abrir mais seus braços, entrelaçar seus irmãos e oferecer sua convivência fraterna, sua influência, seu trabalho de auxílio, com harmonia, paz, concórdia e fraternização, dentro e fora do templo. São fiéis cumpridores de todo dever que lhes seja legalmente imposto ou reclamado pela felicidade de sua Pátria, de sua família e da Humanidade. Sobre o coração do maçom está o símbolo do amor, da amizade, da razão serena e perseverante.

Luiz Gonzaga do Nascimento - O Rei do Baião



Iniciou na Maçonaria no dia 03 de abril de 1971, na Augusta e Respeitável Loja Simbólica Paranapuan Nº 1477, Oriente da Ilha do Governador, do Rito Moderno ou Francês.
No dia 14 de dezembro de 1971, elevado ao Grau de Companheiro Maçom.
No dia 05 de dezembro de 1973, exaltado ao Grau de Mestre.
Nos graus Filosóficos iniciou no Grau 04, no dia 10 de agosto de 1984, no Sublime Capítulo Paranapuan, jurisdicionado ao Supremo Conselho do Brasil do Rito Moderno.
A música Acácia Amarela foi composta em 1981. O Irmão Luiz Gonzaga achou oportuno fazer uma homenagem a Maçonaria e elaborou a letra e o tema musical.
O Irmão Orlando silveira deu algumas sugestões e harmonizou a melodia. Encerrado os trabalhos a música foi incluída no CD “ o Eterno Cantador” do selo BMG-RCA, com arranjo de Orlando Silveira e vocal de Luiz Gonzaga.

CANTORES E COMPOSITORES MAÇONS



A Maçonaria contou com vários cantores e compositores famosos como irmãos maçons, dentre eles:
Pixinguinha,
a dupla Alvarenga e Ranchinho (Homero de Souza Campos),
Tonico da dupla Tonico e Tonoco, recentemente falecido,
Bob Nelson,
Jorge Vieira,
Lamartine Babo,
Luis Vieira,
Hervé Cordovil,
Carequinha,
Vicente Celestino,
os maestros Carlos Gomes, Guerra Peixe, e Eleazar de Carvalho,
violonista Raphael Rabello,
Zé Rodrix- Chegou a escrever três livros sobre assuntos da maçonaria.

UMA BREVE HISTORIA DA MAÇONARIA FEMININA



Maçonaria como a conhecemos hoje nasceu oficialmente em junho de 1717, quando quatro lojas se reuniram em Londres para formar uma Grande Loja da Inglaterra, que se espalhou rapidamente. Posteriormente ela foi introduzida na França depois de 1735.
FRANÇA
Cerca de 1740, a “Maçonnerie d'Adoption”, ou “Maçonaria de Adoção Feminina” foi criada para permitir a participação das mulheres na Irmandade.
Em 1774. O recém-criado Grande Oriente da França, reconheceu as Lojas de Adoção Feminina, mas exigiram que fosse subordinados às lojas masculinas e permanecendo sob sua supervisão. Os membros eram esposas de Maçons e sua principal atividade era organização de bailes e eventos beneficentes.
Os rituais eram alegóricos e não simbólicos. Eles evocaram qualidades como Humildade, Sinceridade, Fidelidade e Castidade. Suas atividades principais eram Sociais e Filantrópicas.
Eram recrutadas na nobreza e alta burguesia. Por exemplo, a Loja “Contrat Social” foi presidida pela Princesa Lamballe.
Durante a Revolução Francesa, a Maçonaria tornou-se adormecida, assim como as Lojas de Adoção feminina. Elas foram reabertas sob o império napoleônico e a Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão I, foi Grã-Mestre.
No final do século 19, homens e mulheres sentiam a necessidade de uma organização que fosse além de bailes e recepções de caridade.
Em 1892, a Loja Les Libres-Penseurs em Le Pecq iniciou Maria Deraismes, uma conhecida escritora feminista e ativista, como isso era contra as regras do Grande Oriente, este fechou a Loja. Maria Deraisme permaneceu amiga muito próxima de George Martin, que a convenceu a criar uma Loja, onde homens e mulheres pudessem trabalhar em plena igualdade. Então, ela reuniu um pequeno número de mulheres e alguns Maçons e em 1893, criou o Droit Humain (DH), uma organização Maçônica aberta a homens e mulheres, que acabaram por se espalhar para todos os continentes, inclusive nos Estados Unidos, onde é conhecido como Co-Maçonaria.
Em 1901, uma Loja de Adoção Feminina foi reativada, sob o auspícios da Grande Loja da França.
Na época da Primeira Guerra Mundial, mais e mais mulheres se juntaram às forças de trabalho, substituindo os homens que foram para o campo de batalha. Logo após a guerra, as mulheres obtiveram o direito de voto.
Em 1911 e 1935, várias lojas de Adoção feminina foram criadas, não tinham nada em comum com aquelas do séculos 18 e 19. Elas se reuniam-se regularmente para debater os mesmos tipos de temas das Lojas masculinas, embora eles ainda usassem o mesmo rituais da Maçonaria Adoção do século
anterior. A Grã-Mestre trabalhava com total liberdade, sem a supervisão de um irmão.
Em 1935, a Grande Loja da França decidiu conceder autonomia completa às Lojas de Adoção. Com a Segunda Guerra Mundial todas as atividades Maçônicas foram suspensas até 1944.
Em 17 de setembro de 1945, Um novo corpo Maçônico foi criado, com a ajuda da Loja Grande da França. Esta grande Loja era independente e sua composição era exclusivamente feminina. Ela foi chamada Union Maçonnique Féminine de France (The Women's Masonic Union of France), que em
1952 se tornou a Grande Loja Feminina da França ou GLFF, foi fundamental na criação de outras Grandes Lojas Maçônicas Nacionais. Maçonaria Feminina se espalhou para outros países como Bélgica, Itália, Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, Turquia, Alemanha, Canadá, Inglaterra, Africa e Américas.
os rituais em uso nas Lojas de Adoção Feminina foram abandonados em 1959 e substituídos pelo Rito Escocês Antigo e Aceito. O Rito Francês e o Rito Tradicional também foram introduzidos em 1973.
BÉLGICA
Em 1911 presenciou a criação da primeira Loja belga do Droit Humain, em Bruxelas.
Em abril de 1974, foi criada a primeira loja feminina, “Loja Irini”, a primeira loja sob os auspícios da GLFF. Em 1981 foi fundada a Grand Lodge Féminine de Belgique e comemorou seu vigéssimo aniversário, em 2001. Nessa época, 35 Lojas com mais de 1500 membros tinham recebido a sua Carta da Grand Lodge Féminine de Belgique. Três destas Lojas estavam localizadas nos Estados Unidos: Universalis, criada em 1992 em Nova York, Aletheia, em Los Angeles, e Emounah, em Washington, DC
INGLATERRA
A primeira Maçom feminina conhecida foi Elizabeth St-Leger (1693-1772), posteriormente Sra Elizabeth Aldworth (nome de casada) de Cork- na Irlanda, que se diz ter sido iniciada por seu pai em 1712, depois que foi pega espionando os trabalhos da Loja. Ela até recebeu um funeral Maçônico no momento de sua morte.
Em 1902, Anne Besant, que havia sido iniciada em uma Loja do Droit Humain em Paris, criou a Loja Human Duty (Dever Humano), em Londres. Este foi o início da Co-Maçonaria na Inglaterra.
Em 1908, um grupo dissidente criou a Fraternidade Ancient Masonry (Maçonaria Antiga) cuja participação foi exclusivamente feminina e que adotou o Rito de Emulação.
Em 1913, uma segunda Grande Loja de Mulheres foi fundada sob o nome The Honourable Fraternity of Antient Free-Masons (Honorável Fraternidade dos Antigos Maçons Livres)
Em 1925 viu-se a criação da Oder of Ancient, Free and Accepted Masons for Men and Women (Ordem dos Maçons Antigos, Livres e Aceito para Homens e Mulheres).
Em 1958, a loja Human Duty mudou de seu nome para a Order of Women's Free-Masons (Ordem das Mulheres Maçons Livres)
Em março de 1999, a Grande Loja da Inglaterra finalmente reconheceu a existência da Maçonaria Feminina, reconhecendo que “a Maçonaria não está confinada aos homens” e afirmando que as Lojas compostas por mulheres são outra maneira de Maçonaria “regular”.
ESTADOS UNIDOS da América
Uma loja feminina existiu brevemente em Boston em 1790. sua venerável Mestre, Hannah Mather Crocker ( 1763-1829) .
Acredita-se que a primeira Loja Norte-Americana de Adoção Feminina foi formada na Filadélfia em 1778 por oficiais franceses. No século 19, Albert Pike, comandante Supremo do Rito escocês, criou um rito de Adoção baseado no Rito Frances. Uma das primeiras mulheres a ser iniciada na Loja de Adoção foi a escultora Vinne Resma Hoxie (que criou a estátua de Abraham Lincoln).
Em 1850 Rob Morris de Kentucky, publicou um ritual de Adoção sob o nome de “The Rosary of the Eastern Star” (O Rosário da Estrela do Oriente), o que levaria à criação da Order of the Eastern Star (Ordem da Estrela do Oriente), um corpo para-maçônico aberto à Maçons e seus parentes femininos. A Ordem Estrela do Oriente (OES) foi baseada, em parte, no Rito Francês de Adoção e parcialmente em diversos outros. Alguns desses grupos iniciais eram denominados de Filhas de Maçons, Esposas de Maçons, Heroínas de Jericó (Heroine of Jericho), verdadeiras Parentes ( True Kindred) e outras.
Rob Morris primeiro concebeu e organizou os graus da Estrela em 1850, simplificando o ritual em 1860.
De 1865 à 1868, Robert Macoy reformulou o ritual e organizou o sistema de capítulos. O ritual Macoy é fundamento da OES tal como a conhecemos hoje. O OES possui mais de um milhão de membros em todo o mundo.
Em 1903 foi fundada a primeira Loja Co-Maçônica nos Estados Unidos.
Em 1907 foi criada em Washington, DC a Federação Americana dos Direitos Humanos (Droit Humain), ela tem varias Lojas nos E.U.A. Tambem existem outros corpos Co-Maçônicos, entre eles estão a União George Washington e Grande Loja Simbólica de memphis-Misraim.
AMERICA LATINA
Em 1970, foi criada a primeira Loja chilena feminina, Respetable Logia Araucaria Nº 1, dela nasceu em 1983, a Respetable Logia Acacia Nº 2 e se forma no Valle de Rancagua o Triángulo Armonía
Em 1983 foi criada a Grande Loja Feminina do Chile, que também semeou Lojas na Bolívia e na Argentina, graças a sua loja Itinerante, Cruz del Sur. Hoje, há Lojas Femininas no Brasil, Argentina,
Chile, Bolívia, Venezuela e México.
A ordem da Maçonaria Feminina comemorou o seu centenário em junho de 2008. O Encontro foi realizado no Royal Albert Hall em Londres. Com a participação de membros da Ordem, amigos e convidados

Texto de Roberto Aguilar.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dom Pedro I e sua ligação à Maçonaria


Dom Pedro I, cujo nome simbólico era Guatimozim, foi um Grão Mestre da Maçonaria brasileira, tendo sido instalado em 4 de outubro de 1822 Era estudioso de música, tendo recebido formação musical de Padre José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830). Tornou-se um ótimo compositor. Do seu legado maçônico, destaca-se o Hino Maçônico Brasileiro, foi musicado pelo Imperador do Brasil Dom Pedro I e escrito por Otaviano Bastos.


Hino Maçônico Brasileiro
Letra de Otaviano Bastos
Música de D. Pedro I

Da luz, que si difunde, sagrada filosofia
surgiu no mundo assombrado, a pura maçonaria


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Da razão, parte sublime, sacros cultos merecia
altos heróis adoraram, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Da nação, suntuoso templo, um grande rei erigia,
foi então instituída, a pura maçonaria.

Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Nobres intentos não morrem, vencem do tempo a porfia
há de os séculos afrontar, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Humanos sacros direito, que calcará a tirania
Vai ufana restaurando, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Da luz deposito augusto, recatando à hipocrisia
Guarda em si com zelo santo, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Cautelosa, esconde e nega, a profana a gente ímpia
Seus mistérios majestosos, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

Do mundo o Grande Arquiteto, que o mesmo mundo alumia
Propício protege, ampara, a pura maçonaria.


Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.




O BODE






É comum entre os próprios maçons, se referir a outros maçons como bode, por brincadeiras alimentam essa fantasia, ou por diversão e muitas vezes até mesmo para testar se o candidato a maçonaria se deixa levar por essas brincadeiras, que quando ingressam na maçonaria descobre que não há bode nenhum, assim como em palavra o bode virou mania entre os maçons, é adesivos de carro, chaveiros, canecas, camisas, bonés, estatuetas, e algumas brincadeiras.
Exemplos:
È uma expressão dita ao candidato que está prestes a ingressar na Ordem.
  • “Estás preparado para sentar no bode?” - quer dizer - “ Estas preparado para ingressar na maçonaria?”
  • “Fui ao hospital, e o médico era bode”- quer dizer - “Fui ao hospital, e o médico era maçon”
Então de onde vem esta história de bode?

O célebre e saudoso escritor Maçônico Brasileiro Ir.'. José Castellani (In Memoriam) escreveu.
A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. Vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monólogo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que o Apóstolo Paulo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado, de que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo contar a alguém da sua confiança, quando cometia mesmo escondido as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que o bode? - Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode não fala o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino.

Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumário, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições não governamentais ou a Igreja. Assim a Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados, proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país.
Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior:

-''Senhor, este pessoal (Maçons) parece “BODE”, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”.
Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala o que sabe.